O cenário do SEO está em constante e acelerada evolução. O que funcionava há dois anos já não garante resultados hoje, e o que funciona hoje pode ser insuficiente em 2025. Durante meus mais de 20 anos de carreira em SEO, tendo liderado estratégias para gigantes como Polishop, TOTVS e XP Investimentos, e agora como fundador da TRIWI, testemunhei inúmeras mudanças de paradigma. No entanto, poucas foram tão significativas quanto a atual transição do foco em métricas puramente técnicas para uma avaliação holística da experiência do usuário.
Por muito tempo, a comunidade de SEO concentrou seus esforços em otimizações técnicas isoladas. Acreditava-se que alcançar a pontuação perfeita no PageSpeed Insights era o bilhete dourado para o topo dos rankings. Com a introdução dos Core Web Vitals (CWV) em 2021, essa crença se solidificou. Parecia que o Google finalmente nos deu métricas claras e mensuráveis para a “experiência na página”.
Mas estamos em 2025. O algoritmo do Google, impulsionado por avanços exponenciais em Machine Learning e Inteligência Artificial (como o MUM e o RankBrain), tornou-se infinitamente mais sofisticado. Ele não se contenta mais em saber se uma página carrega rapidamente; ele quer saber se o usuário ficou satisfeito, se encontrou o que procurava e se a interação foi fluida e intuitiva.
A realidade é que os Core Web Vitals são a base, o requisito mínimo para competir. Eles são essenciais para garantir que seu site seja tecnicamente viável. No entanto, o que realmente diferencia os líderes dos seguidores no ranking são os Sinais de Experiência do Usuário (UX Signals) mais amplos. Estamos falando de engajamento, satisfação, utilidade do conteúdo (Helpfulness) e a capacidade do seu site de facilitar a conclusão de tarefas.
Para profissionais de marketing, entender essa distinção é crucial. Investir pesadamente em otimização de performance sem considerar a jornada do usuário, a arquitetura da informação e a qualidade do conteúdo (E-E-A-T) é uma estratégia fadada ao fracasso. É o que chamo de Paradoxo da Performance: construir um carro de Fórmula 1 para dirigir em uma estrada esburacada.
Este guia definitivo foi criado para desmistificar a complexa relação entre Core Web Vitals e UX Signals. Vamos mergulhar profundamente em como o Google mede e interpreta esses sinais em 2025, especialmente no contexto da Search Generative Experience (SGE) e dos Grandes Modelos de Linguagem (LLMs).
Neste artigo, você encontrará:
- Uma análise técnica aprofundada dos Core Web Vitals atuais, incluindo a transição crítica para o INP (Interaction to Next Paint).
- O que são os Sinais de Experiência do Usuário e como o Google os interpreta algoritmicamente.
- O peso relativo de CWV vs. UX Signals na era da busca generativa (SGE).
- Metodologias comprovadas da TRIWI para auditar e integrar performance técnica com estratégia de UX.
- Como construir um business case sólido para justificar investimentos em experiência do usuário para a diretoria.
Prepare-se para uma análise que combina SEO técnico avançado com estratégia de marketing digital, baseada em dados reais e experiência prática comprovada em alguns dos maiores players do mercado brasileiro.
Resumo Executivo: Principais Takeaways
Para gestores de marketing e líderes de negócio que precisam de insights rápidos e acionáveis, aqui estão os pontos cruciais deste guia:
- A Mudança de Paradigma é Real: Em 2025, o Google prioriza a satisfação holística do usuário sobre métricas técnicas isoladas. Core Web Vitals são o ponto de partida (fator de higiene), não a linha de chegada.
- INP é o Novo Foco Técnico: O Interaction to Next Paint (INP) substituiu o FID como métrica de interatividade. Isso exige um foco muito maior na otimização da execução de JavaScript e na capacidade de resposta geral da página durante toda a sua vida útil.
- UX Signals são os Diferenciadores: Fatores comportamentais como Dwell Time (tempo de permanência contextualizado), sucesso na conclusão de tarefas, ausência de “pogosticking” e utilidade do conteúdo (Helpfulness) são os verdadeiros impulsionadores de ranking.
- SGE Exige Clareza e Precisão: A Search Generative Experience (SGE) favorece sites que fornecem informações precisas, bem estruturadas e autoritativas (E-E-A-T). O objetivo é se tornar a fonte citada pela IA.
- Dados de Campo vs. Laboratório: A otimização deve ser guiada por Dados de Campo (Field Data), especificamente o Chrome User Experience Report (CrUX), que reflete a experiência real dos seus usuários. Dados de laboratório (Lighthouse) são apenas diagnósticos.
- E-E-A-T e UX estão Interligados: A confiança (Trust), pilar central do E-E-A-T, é um sinal de experiência do usuário. Um design profissional, conteúdo confiável e navegação clara aumentam a percepção de autoridade do site.
- Estratégia Integrada é Mandatória: Separar SEO técnico, conteúdo e UX não é mais viável. Essas disciplinas devem trabalhar juntas para criar uma jornada fluida.
- ROI da Performance é Comprovado: A otimização da experiência do usuário impacta diretamente as taxas de conversão e a receita. Estudos mostram consistentemente que melhorias na velocidade levam a aumentos mensuráveis nos resultados de negócio (Fonte: Deloitte, “Milliseconds Make Millions”).
O que são Core Web Vitals e por que eles ainda são a base do SEO em 2025?
Para navegar no cenário atual, precisamos primeiro estabelecer uma base sólida sobre o que são os Core Web Vitals e por que eles continuam sendo fundamentais, mesmo com a ascensão dos Sinais de UX.
Definição: Core Web Vitals (CWV) são um conjunto de métricas padronizadas e quantificáveis definidas pelo Google para medir aspectos essenciais da experiência do usuário no mundo real. Eles se concentram em três pilares principais da performance da página: velocidade de carregamento, interatividade e estabilidade visual.
Em 2025, os CWV representam a fundação técnica sobre a qual toda a experiência do usuário é construída. O Google utiliza esses sinais como parte do sistema de “Page Experience” para garantir que os sites promovidos ofereçam um nível mínimo de qualidade técnica. Se o seu site é lento ou instável, o Google hesitará em recomendá-lo, pois isso reflete negativamente na própria qualidade do buscador.
Quais são as métricas oficiais do Core Web Vitals em 2025?
O conjunto de Core Web Vitals evoluiu. A partir de março de 2024, houve uma mudança significativa. Para serem considerados “bons”, os sites devem atingir os limites recomendados no 75º percentil de carregamentos de página.
As métricas oficiais em 2025 são:
1. Largest Contentful Paint (LCP) – O Pilar do Carregamento
O que mede: O LCP mede a performance de carregamento percebida. Ele marca o ponto na linha do tempo de carregamento quando o maior elemento de conteúdo (imagem, bloco de texto ou vídeo) dentro da viewport (a área visível da tela) é renderizado.
Por que é importante: É a métrica que melhor se correlaciona com a primeira impressão do usuário sobre a velocidade do site. Se o conteúdo principal demora a aparecer, o usuário abandona.
Meta Ideal: Menos de 2.5 segundos.
Desafios Comuns:
- Tempo de resposta lento do servidor (TTFB – Time to First Byte).
- JavaScript e CSS que bloqueiam a renderização.
- Imagens grandes e não otimizadas.
- Renderização ineficiente do lado do cliente (Client-Side Rendering – CSR).
Na minha experiência auditando grandes e-commerces, como na época da Polishop, o elemento LCP em páginas de produto (PDPs) era quase invariavelmente a imagem principal do produto. A otimização dessas imagens (formato correto, compressão e priorização no carregamento) era a chave para melhorar a métrica.
Dica do Especialista
Ricardo Martins, especialista em SEO
Ao otimizar o LCP, utilize a propriedade CSS fetchpriority=”high” no elemento de imagem principal (acima da dobra). Isso sinaliza ao navegador para priorizar o download desse recurso específico. Combine isso com a garantia de que o elemento LCP não esteja configurado para “lazy loading”.
2. Interaction to Next Paint (INP) – O Pilar da Interatividade (Substituindo o FID)
O que mede: O INP mede a responsividade geral da página às interações do usuário (cliques, toques, entradas de teclado) durante toda a visita. Ele mede o tempo desde o início da interação até o momento em que o navegador pinta o próximo quadro (o feedback visual).
Por que é importante: A responsividade é crucial para uma experiência fluida. Quando um usuário clica em um menu ou botão e há um atraso perceptível, a experiência parece lenta e quebrada.
Meta Ideal: Menos de 200 milissegundos.
O Contexto da Mudança: O INP substituiu o First Input Delay (FID) em março de 2024. O FID media apenas o atraso da primeira interação, o que era muito limitado. O INP oferece uma visão muito mais realista da responsividade geral.
Desafios Comuns:
- Tarefas longas de JavaScript bloqueando a thread principal (main thread).
- Excesso de scripts de terceiros (marketing, analytics, chats).
- Manipulação complexa e ineficiente do DOM.
Otimizar o INP é tecnicamente complexo e exige uma gestão eficiente do JavaScript e a quebra de tarefas longas em pedaços menores (abaixo de 50ms).
3. Cumulative Layout Shift (CLS) – O Pilar da Estabilidade Visual
O que mede: O CLS mede a estabilidade visual da página. Ele quantifica a quantidade total de mudanças inesperadas de layout que ocorrem durante a vida útil da página.
Por que é importante: Mudanças inesperadas de layout são extremamente irritantes e podem causar erros (ex: clicar no botão errado). Isso destrói a confiança do usuário.
Meta Ideal: Menos de 0.1.
Desafios Comuns:
- Imagens sem dimensões especificadas (largura e altura) no HTML.
- Anúncios, embeds e iframes sem espaço reservado.
- Conteúdo injetado dinamicamente (banners de cookies, avisos).
- Fontes da web que causam mudanças no layout do texto ao carregar.
Dica do Especialista
Ricardo Martins, especialista em SEO
A maneira mais eficaz de combater o CLS em imagens responsivas é usar a propriedade CSS aspect-ratio. Isso permite que o navegador reserve o espaço correto antes que a imagem seja carregada, garantindo estabilidade visual independentemente do tamanho da tela.
Como o Google mede o Core Web Vitals? (Lab Data vs. Field Data)
Uma das confusões mais comuns entre os profissionais de marketing é sobre a origem dos dados do Core Web Vitals. É fundamental entender a diferença entre Dados de Laboratório (Lab Data) e Dados de Campo (Field Data).
Dados de Laboratório (Lab Data)
Definição: Dados coletados em um ambiente controlado, com dispositivo e rede predefinidos (ex: Lighthouse, WebPageTest).
Propósito: Diagnóstico e Depuração. São inestimáveis durante o desenvolvimento.
Limitação: Não refletem a experiência real do usuário e não são usados pelo Google para fins de ranking.
Dados de Campo (Field Data)
Definição: Dados coletados de usuários reais enquanto eles navegam no seu site.
Fonte Principal: O Chrome User Experience Report (CrUX).
Propósito: Avaliação Real da Performance. Este é o dado que o Google utiliza para classificar seu site.
Em resumo, use o Lighthouse (Laboratório) para diagnosticar problemas e o CrUX (Campo) para monitorar o desempenho real que impacta o SEO.
A Evolução das Métricas: A Importância Crítica do INP em 2025
A transição do FID para o INP representa a mudança mais significativa no Core Web Vitals desde seu lançamento. Para profissionais de marketing, isso sinaliza uma mudança de foco da performance de carregamento inicial para a performance de interação contínua.
Por que o FID foi aposentado?
O FID media apenas a primeira impressão da interatividade. Ele tinha limitações críticas:
- Visão Incompleta: 90% do tempo do usuário na página ocorre após o carregamento inicial. O FID ignorava todas as interações subsequentes.
- Métrica Limitada: Media apenas o atraso de entrada, não o tempo total até o feedback visual.
Quando trabalhamos na otimização da plataforma da XP Investimentos, percebemos isso claramente. As páginas do portal tinham um FID excelente, mas ao interagir com gráficos financeiros interativos ou simuladores complexos, a responsividade caía drasticamente. O FID não capturava essa dor do usuário.
O que torna o INP um indicador superior de experiência do usuário?
O INP mede a latência total de uma interação, decomposta em três fases:
- Input Delay (Atraso de Entrada): O tempo que a interação espera antes que os manipuladores de eventos possam ser executados (se a thread principal estiver ocupada).
- Processing Time (Tempo de Processamento): O tempo que leva para executar o código JavaScript em resposta à interação.
- Presentation Delay (Atraso de Apresentação): O tempo até que o navegador possa pintar o próximo frame com a atualização visual.
O INP captura a experiência completa de ponta a ponta.
Quais são os desafios técnicos para otimizar o INP?
Otimizar o INP é, essencialmente, otimizar a execução de JavaScript e o trabalho na thread principal.
- Frameworks JavaScript Pesados: Sites construídos com frameworks que dependem fortemente de renderização do lado do cliente ou hidratação complexa enfrentam grandes desafios de INP.
- Tarefas Longas (Long Tasks): Qualquer bloco de JavaScript que execute por mais de 50ms bloqueia a thread principal.
- Impacto de Terceiros: Scripts de marketing, anúncios e ferramentas de análise frequentemente injetam tarefas pesadas que competem por recursos.
Dica do Especialista
Ricardo Martins, especialista em SEO
Para melhorar o INP, a estratégia mais eficaz é adotar uma abordagem de “quebrar tarefas longas”. Isso envolve dividir o código JavaScript em pedaços menores e usar técnicas como setTimeout para permitir que o navegador intercale o processamento com as interações do usuário. Além disso, audite rigorosamente o impacto de scripts de terceiros.
Além do Core Web Vitals: O que são Sinais de Experiência do Usuário (UX Signals)?
Embora o Core Web Vitals forneça a base técnica, eles não capturam a totalidade da experiência humana. É aqui que entram os Sinais de Experiência do Usuário (UX Signals), o verdadeiro campo de batalha do SEO em 2025.
Definição: Sinais de Experiência do Usuário (UX Signals) são indicadores comportamentais e padrões de interação que refletem a satisfação, engajamento e facilidade de uso de uma página web. Eles são frequentemente inferidos a partir do comportamento agregado do usuário nos resultados de busca (SERPs) e na própria página.
O Google é cauteloso ao confirmar o uso direto desses sinais, pois são ruidosos. No entanto, desde a introdução do RankBrain, o Google utiliza Machine Learning para avaliar a “satisfação da busca” (Search Satisfaction).
Quais sinais comportamentais o Google realmente utiliza (ou infere)?
1. Pogosticking (Pogo-sticking)
Definição: Ocorre quando um usuário clica em um resultado, visita a página brevemente e imediatamente retorna à SERP para clicar em outro resultado.
Impacto: É o sinal mais forte de insatisfação. Indica que a página não atendeu à intenção de busca. Se isso ocorre em escala, o ranking da página sofrerá.
2. Dwell Time (Tempo de Permanência Contextualizado)
Definição: O tempo que um usuário passa em uma página após clicar nela a partir da SERP, antes de retornar.
Impacto: É um sinal complexo. O Google avalia o Dwell Time no contexto da intenção. Para consultas complexas, um Dwell Time longo é positivo. Para consultas simples, um tempo curto pode ser positivo.
3. Taxa de Cliques Orgânica (Organic CTR)
Definição: A porcentagem de usuários que clicam no seu resultado na SERP.
Impacto: Um CTR inesperadamente alto sugere alta relevância. Sistemas como o RankBrain podem usar isso para ajustar rankings. Se um resultado em posição inferior recebe consistentemente mais cliques, ele pode ser promovido. Em mercados competitivos como o financeiro (experiência na XP), otimizar o CTR é essencial para sinalizar relevância.
4. Sucesso na Tarefa e Refinamento da Consulta
Definição: A medida em que o usuário conclui sua tarefa de busca. Um sinal negativo é o “Refinamento da Consulta”, onde o usuário retorna à SERP e realiza uma nova busca relacionada.
Impacto: Este é o objetivo final do Google. Sistemas como o MUM avaliam quais resultados ajudam o usuário a completar sua jornada de forma mais eficiente.
Como a IA e o Machine Learning interpretam a satisfação do usuário?
Em 2025, a avaliação da experiência do usuário pelo Google é feita por sistemas sofisticados de IA que aprendem continuamente.
RankBrain e a Análise de Padrões
O RankBrain não olha para métricas isoladas, mas para padrões de comportamento. Ele aprende quais características dos resultados (incluindo fatores de experiência) correlacionam-se com a satisfação do usuário (ex: ausência de pogosticking) e ajusta o peso de outros fatores de ranking.
MUM e a Compreensão Multimodal
O MUM entende informações em diferentes formatos (texto, imagens, vídeo). Ele pode avaliar a qualidade de uma página de forma mais holística, analisando se o layout facilita a compreensão do conteúdo e se o conteúdo responde a perguntas complexas.
O Papel dos Quality Raters (Avaliadores de Qualidade)
Os sistemas de IA do Google são treinados usando feedback de Avaliadores de Qualidade humanos, que seguem as Diretrizes de Qualidade de Busca (QRG). As QRG enfatizam fortemente E-E-A-T e a satisfação do usuário, incluindo a facilidade de uso da página.
Dica do Especialista
Ricardo Martins, especialista em SEO
Todo profissional de marketing sério deve ler e entender as Diretrizes de Qualidade de Busca do Google. Elas são o roadmap para onde o Google quer levar seu algoritmo. (Fonte: Google Search Quality Rater Guidelines)
O Grande Debate: Core Web Vitals vs. UX Signals – Qual Pesa Mais em 2025?
A questão central que os profissionais de marketing enfrentam é como priorizar recursos. Em um mundo de orçamentos limitados, precisamos entender o peso relativo de cada fator.
CWV são fatores de ranking ou apenas “tie-breakers”?
Vamos ser claros: Core Web Vitals são fatores de ranking confirmados (Fonte: Google Search Central Blog). No entanto, a magnitude do impacto é sutil.
A analogia do “tie-breaker” (desempate) é útil, mas simplista. Prefiro pensar no Core Web Vitals como “apostas de entrada” (table stakes) em nichos competitivos.
- Nichos de Baixa Competição: A relevância supera a performance.
- Nichos de Alta Competição (YMYL – Finanças, Saúde): O CWV torna-se um diferenciador crítico. Se seu CWV for ruim, você pode nem sequer entrar na competição pela primeira página.
Na minha experiência na TOTVS, focada em software B2B, vimos que melhorias no LCP e CLS tiveram um impacto direto na visibilidade de nossas páginas de produto-chave, especialmente quando competíamos com outros gigantes de tecnologia com alta autoridade de domínio.
Quando a velocidade perfeita não salva um conteúdo ruim? (O Primado da Satisfação)
Este é o cerne do debate. Você pode ter o site mais rápido do mundo (100/100 no Lighthouse), mas se o seu conteúdo for superficial, não atender à intenção de busca ou a navegação for confusa, você não rankeará de forma sustentável.
Nesses cenários, os UX Signals negativos (pogosticking, baixo Dwell Time) sinalizam ao Google que a página não é satisfatória, independentemente de sua performance técnica.
Dica do Especialista: Antes de iniciar qualquer otimização técnica de performance, realize uma auditoria rigorosa da intenção de busca e da Arquitetura da Informação. Garanta que seu conteúdo seja o melhor e mais completo recurso disponível. A performance técnica deve amplificar a qualidade do conteúdo, não tentar compensar sua ausência.
O Veredito: Qual Pesa Mais?
Em 2025, o veredito é claro: A Satisfação do Usuário (refletida nos UX Signals e na qualidade do conteúdo E-E-A-T) é o fator mais importante para o sucesso sustentável no ranking.
No entanto, essa satisfação é composta por vários elementos, e a performance técnica (CWV) é um deles. Podemos visualizar a hierarquia de necessidades do SEO da seguinte forma:
- Rastreabilidade e Indexabilidade (Base).
- Relevância e Qualidade do Conteúdo (Crítico): E-E-A-T e atendimento à intenção de busca.
- Satisfação do Usuário (UX Signals) (Diferenciador Principal).
- Performance Técnica (Core Web Vitals) (Amplificador).
- Autoridade (Links e Menções) (Escalador).
O Core Web Vitals atua como um amplificador (ou um silenciador) da qualidade do seu conteúdo.
- Conteúdo Excelente + CWV Ruim: Potencial limitado. Frustração técnica leva a UX Signals negativos.
- Conteúdo Ruim + CWV Excelente: Tráfego não sustentável. Falta de valor leva a UX Signals negativos (pogosticking).
- Conteúdo Excelente + CWV Excelente: A fórmula vencedora. Acesso rápido, experiência fluida, consumo de valor. UX Signals positivos.
SEO na Era da IA: Como SGE e LLMs avaliam a experiência do usuário?
Estamos em 2025, e a Search Generative Experience (SGE) está redefinindo a busca. Isso tem implicações profundas para a forma como avaliamos a experiência do usuário e a performance do site.
A busca generativa prioriza velocidade ou utilidade?
A SGE fornece respostas diretas na SERP. Isso significa que o Core Web Vitals do seu site tem um impacto muito menor na experiência imediata do usuário com a resposta gerada pela IA.
O foco muda drasticamente da velocidade técnica para a utilidade, clareza e autoridade do conteúdo.
Quando um LLM processa seu conteúdo para gerar uma resposta, ele não “experiencia” o carregamento da página. Ele analisa o conteúdo textual e os dados estruturados.
Os fatores que importam para a “experiência do LLM” são:
- Clareza e Estrutura Semântica: O conteúdo é bem organizado, com headings claros?
- Precisão Factual e Verificabilidade: A informação é precisa e baseada em fatos?
- E-E-A-T: A fonte é confiável e especialista no assunto?
- Linguagem Direta e Definições Claras.
Como otimizar a experiência para se tornar a fonte de uma resposta de IA?
O objetivo do SEO na era da IA é tornar-se a fonte principal citada pela IA na resposta generativa.
1. Otimização de Entidades e E-E-A-T
Os LLMs operam com base em entidades e as relações entre elas. É vital que seu conteúdo demonstre E-E-A-T de forma inequívoca.
- Demonstre Expertise e Experiência: Ofereça insights únicos, dados proprietários e análises aprofundadas baseadas em experiência real.
- Estabeleça Autoridade: Tenha páginas “Sobre Nós” robustas, biografias claras dos autores com credenciais verificáveis.
Quando liderei a estratégia de conteúdo na TOTVS, focamos em posicionar a empresa como a autoridade máxima em gestão empresarial. O conteúdo técnico aprofundado, assinado por especialistas do setor, foi crucial para estabelecer essa percepção, que agora é capitalizada pelos LLMs.
2. Estruturação de Dados e Schema Markup
Os dados estruturados (Schema.org) são a linguagem nativa dos LLMs.
- FAQPage: Fornece perguntas e respostas prontas para serem extraídas.
- HowTo: Guia a IA através de uma sequência de passos.
- Article/Organization/Person: Ajuda a estabelecer o E-E-A-T e o contexto do conteúdo.
3. Conteúdo Focado em Respostas Diretas
- Estrutura Pergunta-Resposta: Use headings como perguntas diretas e responda-as imediatamente abaixo de forma concisa.
- Tabelas Comparativas: Use tabelas HTML. Os LLMs são excelentes em extrair e comparar dados tabulares.
- Listas Estruturadas: Utilize listas numeradas e bullet points para facilitar a extração de informações.
Dica do Especialista: Pense no seu conteúdo como uma API para IAs. A informação deve ser fácil de encontrar, fácil de extrair, precisa e confiável.
O papel da performance técnica na era da IA
Embora a utilidade do conteúdo seja primordial para a SGE, a performance técnica ainda desempenha um papel de suporte importante.
1. Eficiência de Rastreamento (Crawl Efficiency)
Para que seu conteúdo seja indexado e utilizado pelos LLMs, ele precisa ser descoberto e processado eficientemente pelo Googlebot. Um site lento prejudica a eficiência do rastreamento (Crawl Budget).
2. Experiência Pós-Clique
Se o usuário clicar na fonte citada na SGE para aprofundar o conhecimento, a experiência na sua página (CWV e UX) torna-se crucial. Uma experiência lenta pós-clique criará uma dissonância e prejudicará a confiança.
Na era da IA, a definição de “boa experiência” se expande. É sobre a experiência humana na página e a “experiência da máquina” (clareza, dados estruturados, eficiência de rastreamento).
Estratégia Integrada: Como Unir Performance Técnica e Satisfação do Usuário
A performance técnica habilita a experiência do usuário, e a experiência do usuário dá significado à performance técnica. Não se trata de escolher um ou outro, mas de otimizar ambos de forma integrada.
Como a Arquitetura da Informação (IA) impacta a performance e a satisfação?
Uma IA bem projetada é a base tanto para uma boa performance quanto para uma alta satisfação.
Impacto na Satisfação (UX Signals)
Uma IA intuitiva ajuda o usuário a encontrar o que procura com o mínimo de esforço. Isso reduz a frustração e minimiza o pogosticking.
- Navegação Clara e Consistente: Menus lógicos, breadcrumbs.
- Agrupamento Lógico de Conteúdo (Topic Clusters): Organizar o conteúdo em torno de tópicos centrais ajuda os usuários a explorar o assunto e sinaliza autoridade para o Google.
Impacto na Performance (Core Web Vitals)
- Estratégias de Carregamento: A IA ajuda a definir quais elementos são críticos e devem ser carregados imediatamente, e quais podem ser carregados preguiçosamente (lazy loaded), melhorando o LCP e o INP.
Dica do Especialista: Realize exercícios de “Card Sorting” e “Tree Testing” com usuários reais para validar sua Arquitetura da Informação. Lembre-se: se os usuários não conseguem encontrar, não importa o quão rápido carrega.
Renderização (Rendering SEO): O equilíbrio entre JS frameworks e performance
Em 2025, a maioria dos sites usa frameworks JavaScript (React, Vue, Angular). Eles permitem experiências ricas, mas apresentam desafios para a performance e o SEO.
1. Client-Side Rendering (CSR)
Geralmente ruim para o LCP, pois o navegador precisa processar o JS antes de mostrar o conteúdo.
2. Server-Side Rendering (SSR)
Excelente para o LCP, pois o navegador recebe o HTML pronto. No entanto, pode aumentar o TTFB e a “hidratação” (quando o JS assume o controle no cliente) pode causar problemas de INP se não for gerenciada corretamente.
3. Static Site Generation (SSG)
O melhor possível para LCP e TTFB. Ideal para conteúdo que não muda frequentemente (blogs, sites de marketing).
4. Estratégias Híbridas (A Norma em 2025)
Frameworks como Next.js e Nuxt.js permitem combinar diferentes estratégias. Em 2025, a abordagem híbrida oferece o melhor equilíbrio entre performance (LCP rápido via SSR/SSG) e interatividade rica. O foco deve ser otimizar a hidratação para melhorar o INP.
Cultura de Performance: Integrando CWV e UX no DNA da Empresa
A performance e a experiência do usuário devem fazer parte da cultura da empresa, não ser apenas uma preocupação do time de SEO ou TI.
- Definir Orçamentos de Performance (Performance Budgets): Estabeleça limites claros para métricas chave (ex: LCP < 2.5s, Tamanho do pacote JS < 150KB). Integre a verificação desses orçamentos no processo de desenvolvimento contínuo (CI/CD).
- Monitoramento Contínuo: Utilize ferramentas de Real User Monitoring (RUM) para acompanhar o CWV e os UX Signals em tempo real.
- Educação e Colaboração: Garanta que designers entendam o impacto de suas escolhas no CWV e que profissionais de marketing entendam o impacto dos scripts de terceiros.
Priorização: O que corrigir primeiro? (A Metodologia TRIWI)
Na TRIWI, utilizamos uma metodologia baseada em impacto no negócio e esforço técnico.
- Identificar as Páginas Críticas: Foque nas páginas que geram mais tráfego orgânico ou receita (Páginas de Produto, Landing Pages de alta conversão).
- Analisar Dados de Campo (CrUX/RUM): Identifique quais métricas do CWV estão abaixo do ideal nessas páginas.
- Correlacionar com UX Signals e Métricas de Negócio: Analise o GA4 (taxa de conversão, engajamento) e ferramentas de mapa de calor para identificar pontos de fricção.
- Diagnosticar as Causas Raiz (Lab Data): Use o Lighthouse e o Chrome DevTools para identificar as causas técnicas.
- Estimar Esforço vs. Impacto:
- Vitórias Rápidas (Alto Impacto, Baixo Esforço): Otimização de imagens, ativação de compressão no servidor, remoção de scripts de terceiros não utilizados.
- Iniciativas Estratégicas (Alto Impacto, Alto Esforço): Implementação de SSR, refatoração de JavaScript para melhorar o INP, redesenho da Arquitetura da Informação.
Estratégias Práticas para Otimizar Core Web Vitals em 2025
Vamos detalhar as estratégias práticas para otimizar cada uma das três métricas principais, com foco nas técnicas mais relevantes em 2025.
Como otimizar o LCP efetivamente?
A otimização do LCP envolve focar no Caminho Crítico de Renderização.
- Resposta Rápida do Servidor (TTFB): Otimização de hospedagem, uso eficiente de CDN e cache robusto.
- Otimização do Elemento LCP:
- Use formatos de imagem modernos (WebP ou AVIF).
- Implemente dimensionamento responsivo (srcset).
- Otimize fontes da web (WOFF2, font-display: swap ou optional, subsetting).
- Priorização do Carregamento:
- Use <link rel=”preload”> para o recurso LCP.
- Use o atributo fetchpriority=”high” no elemento LCP.
- Evite Lazy Loading no elemento LCP (acima da dobra).
- Eliminação de Bloqueios de Renderização:
- Incorpore CSS Crítico no <head> e carregue o restante assincronamente.
- Use async ou defer nas tags <script>.
Técnicas avançadas para melhorar o INP
O objetivo é reduzir o trabalho na Thread Principal do navegador.
- Identificar e Analisar Tarefas Longas: Use o Chrome DevTools para identificar blocos de execução de JavaScript (>50ms).
- Quebrar Tarefas Longas:
- Use técnicas como setTimeout(…, 0) ou scheduler.yield() para interromper a execução e permitir que o navegador processe interações.
- Implemente Code Splitting para carregar JavaScript sob demanda.
- Otimizar a Execução de JavaScript:
- Remova código não utilizado (Tree Shaking).
- Otimize Event Handlers usando “debouncing” e “throttling”.
- Gerenciar Scripts de Terceiros:
- Adie o carregamento de scripts não essenciais (ex: chats, marketing pixels).
- Considere o uso de Web Workers para mover processamento pesado para fora da Thread Principal (usando soluções como Partytown).
- Otimizar a Renderização: Minimize a complexidade das atualizações do DOM. Em frameworks como React, use memoização (React.memo) para evitar re-renderizações desnecessárias.
Como garantir estabilidade visual (CLS)?
A chave para resolver o CLS é reservar espaço para o conteúdo que ainda está carregando.
- Imagens e Vídeos com Dimensões Explícitas: Sempre use atributos width e height e a propriedade CSS aspect-ratio.
- Gerenciamento de Anúncios e Embeds: Defina min-height e width fixos para os contêineres de anúncios. Use placeholders.
- Otimização de Fontes da Web: Implemente ajustes de métricas de fonte (size-adjust, ascent-override) para fazer a fonte de fallback corresponder à fonte final, minimizando o deslocamento.
- Conteúdo Injetado Dinamicamente: Evite injetar conteúdo acima do conteúdo existente. Para banners e modais, use posicionamento fixo ou reserve o espaço.
- Animações: Prefira usar a propriedade CSS transform para animações, pois ela não dispara recálculos de layout.
Estratégias Práticas para Otimizar Sinais de Experiência do Usuário (UX Signals)
A otimização dos UX Signals foca na satisfação, engajamento e facilidade de uso.
Como criar uma arquitetura de site centrada no usuário?
- Pesquisa de Usuário: Entenda os objetivos e modelos mentais dos seus usuários. Analise os dados de busca interna.
- Hierarquia Clara e Navegação Simplificada: Use menus claros, breadcrumbs e navegação contextual (links internos).
- Implementação de Topic Clusters: Organize o conteúdo topicamente com Páginas Pilares e Páginas de Cluster interligadas. Isso melhora a estrutura semântica e a jornada do usuário.
Técnicas de copywriting para aumentar o Dwell Time e a Utilidade
- A Técnica da Pirâmide Invertida: Comece com a informação mais importante primeiro para reduzir o pogosticking.
- Legibilidade e Escaneabilidade: Use parágrafos curtos, subtítulos descritivos (H2, H3), listas (bullet points) e destaque pontos chave.
- Conteúdo Multimídia: Incorpore imagens, vídeos e infográficos relevantes para aumentar o engajamento.
- Profundidade e Valor Prático: Forneça insights acionáveis. O conteúdo deve ser tão útil que o usuário não precise procurar em outro lugar.
Dica do Especialista: Otimizando Introduções A introdução é crítica. Use a fórmula “Problema-Agitação-Solução” (PAS) para prender a atenção do usuário imediatamente, mostrando que você entende o problema dele e tem a solução.
Otimização da Navegação Mobile e Acessibilidade como fatores de UX
Em 2025, a experiência mobile é primária (Mobile-First Indexing).
- Design Responsivo e Mobile-First:
- Garanta tamanhos de toque adequados (Tap Targets) para botões e links (pelo menos 48×48 pixels).
- Use tamanhos de fonte legíveis (pelo menos 16px) e bom contraste.
- Princípios de Acessibilidade (WCAG):
- A acessibilidade melhora a usabilidade para todos.
- Garanta contraste de cores adequado, texto alternativo (Alt Text) para imagens, navegação por teclado e estrutura semântica HTML correta.
Como alinhar a intenção de busca com a experiência na página?
Este é o fator mais crítico para otimizar os UX Signals.
- Entender os Tipos de Intenção: Informacional, Navegacional, Transacional, Comercial.
- Analisar a SERP: Identifique o formato de conteúdo e a intenção dominante que o Google está priorizando.
- Otimizar o Conteúdo e o Design para a Intenção:
- Informacional: Clareza, profundidade.
- Transacional: CTAs proeminentes, performance crítica.
- Comercial: Comparações detalhadas, reviews, foco em E-E-A-T.
- Calls-to-Action (CTAs) Claros e Relevantes: Cada página deve guiar o usuário para o próximo passo lógico.
Como Medir, Monitorar e Construir um Business Case
Para profissionais de marketing, é essencial medir a performance e a experiência do usuário para tomar decisões baseadas em dados e demonstrar o ROI.
Ferramentas Essenciais para Monitoramento
Dados de Campo (A Verdade Real):
- Google Search Console (GSC): A visão oficial do Google (CrUX). Essencial para identificar problemas em escala.
- PageSpeed Insights (PSI): Combina Dados de Campo (CrUX) com Dados de Laboratório (Lighthouse).
- CrUX Dashboard (Looker Studio): Para monitorar tendências históricas.
Dados de Laboratório (Diagnóstico):
- Lighthouse (Chrome DevTools): Ferramenta principal para diagnóstico detalhado.
- WebPageTest: Para análises avançadas de waterfall.
Análise de UX Signals:
- Google Analytics 4 (GA4): Taxa de Engajamento, Tempo Médio de Engajamento, Análise de Funil.
- Heatmaps e Session Recordings (Hotjar, Microsoft Clarity): Para insights qualitativos sobre usabilidade e identificação de Rage Clicks.
Construindo um Business Case para Investimento em Experiência do Usuário
Para garantir o orçamento e o apoio da diretoria, conecte diretamente as melhorias de experiência com o ROI.
1. Correlacionar CWV com Taxa de Conversão e Receita
Use dados para modelar o impacto potencial.
Exemplo de Cálculo de ROI:
- Se uma melhoria de 1 segundo no LCP aumenta a taxa de conversão em 5% (benchmark conservador).
- Tráfego Mensal: 100.000; Taxa de Conversão Atual: 2%; Ticket Médio: R$ 200.
- Nova Taxa de Conversão: 2.1% (aumento de 5%).
- Conversões Adicionais: 100.
- Receita Adicional Mensal: 100 * R$ 200 = R$ 20.000.
Este cálculo transforma métricas técnicas em resultados financeiros tangíveis.
2. Impacto no Tráfego Orgânico (SEO)
Estime o aumento de tráfego resultante da melhoria do ranking devido a melhores CWV e UX Signals. Calcule o valor desse tráfego adicional.
3. Apresentando dados para a diretoria (Lições da XP Investimentos)
Ao apresentar para o C-level, o foco deve ser estratégico. Minha experiência na XP Investimentos me ensinou a importância de:
- Falar a Linguagem dos Negócios: Evite jargões. Fale sobre “Vantagem Competitiva” e “Aumento de Receita”.
- Utilizar Análise Competitiva: Mostre como a performance do seu site se compara com a dos concorrentes (usando dados do CrUX).
- Visualizar o Impacto: Use gráficos de correlação (Performance vs. Conversão).
- Apresentar um Roadmap Claro: Mostre as iniciativas com custos estimados e ROI esperado.
4. O Custo da Inação (COI)
Destaque os riscos de não investir em experiência do usuário em 2025:
- Perda de Ranking: Concorrentes que investem em UX ganharão vantagem.
- Dano à Marca: Um site lento ou confuso transmite falta de profissionalismo.
- Ineficiência em Mídia Paga: Desperdício de orçamento de anúncios direcionando tráfego para um site que não converte.
- Invisibilidade na SGE: Risco de ficar fora das respostas geradas por IA.
Conclusão: A Simbiose entre Técnica e Experiência
Em 2025, a dicotomia entre Core Web Vitals e Sinais de Experiência do Usuário é falsa. O SEO de alto nível exige uma abordagem holística que integre perfeitamente a excelência técnica com uma profunda compreensão da jornada e satisfação do usuário.
Os Core Web Vitals são a fundação indispensável, garantindo que seu site seja rápido e estável. No entanto, são os UX Signals que realmente impulsionam o ranking e geram resultados de negócio. O Google, impulsionado pela IA e pela SGE, está priorizando sites que oferecem valor real e criam experiências memoráveis.
Para os profissionais de marketing, a mensagem é clara: é preciso evoluir além das otimizações isoladas e fomentar uma cultura de performance centrada no usuário em toda a organização.
Ao longo dos meus mais de 20 anos de experiência, trabalhando com empresas líderes como Polishop, TOTVS e XP Investimentos, aprendi que o sucesso sustentável em SEO vem de uma estratégia sólida, execução impecável e um foco implacável em oferecer a melhor experiência possível para o usuário.
Próximos Passos para Dominar a Experiência na Página:
- Realize uma Auditoria Integrada: Avalie holisticamente seu site, combinando análise técnica (CWV) com análise comportamental (UX Signals).
- Priorize o INP: Faça da otimização da interatividade sua prioridade técnica número um.
- Otimize para a Intenção e Satisfação: Foque em criar conteúdo útil (E-E-A-T) que atenda perfeitamente à intenção de busca.
- Adote a Otimização para LLMs: Estruture seu conteúdo para maximizar sua visibilidade na SGE.
- Construa um Business Case Sólido: Garanta o investimento necessário conectando as melhorias de experiência ao ROI.
Na TRIWI, somos especializados em ajudar empresas a navegar nesse cenário complexo, combinando SEO técnico avançado com estratégia de negócio para gerar tráfego orgânico qualificado e resultados reais. A revolução da experiência do usuário já começou. Não fique para trás.
FAQ: Perguntas Frequentes sobre Core Web Vitals e UX Signals
1. Qual a métrica mais importante do Core Web Vitals em 2025?
Não existe uma única métrica “mais importante”; o Google avalia LCP, INP e CLS holisticamente. No entanto, em 2025, o Interaction to Next Paint (INP) emergiu como a mais crítica e desafiadora. Isso ocorre porque o INP mede a responsividade durante toda a vida útil da página, refletindo diretamente a fluidez da interação em interfaces modernas ricas em JavaScript. Enquanto o LCP é crucial para a primeira impressão (carregamento), o INP afeta o engajamento contínuo. Como muitos sites ainda lutam para otimizar o INP, alcançar um bom desempenho (abaixo de 200ms) oferece uma vantagem competitiva significativa, pois impacta diretamente a satisfação do usuário e os sinais de UX que o Google monitora.
2. Minha pontuação no Lighthouse é 90+, mas o Google Search Console diz que meu CWV é “Ruim”. Por quê?
Essa discrepância comum decorre da diferença entre Dados de Laboratório (Lab Data) e Dados de Campo (Field Data). O Lighthouse (Lab Data) simula a performance em um ambiente controlado. O Google Search Console utiliza Dados de Campo do Chrome User Experience Report (CrUX), que refletem a experiência real dos seus usuários, com diversos dispositivos e condições de rede. Se o GSC diz que seu CWV é “Ruim”, significa que mais de 25% dos seus usuários reais estão tendo uma experiência ruim. O Google utiliza os Dados de Campo para ranking. Portanto, priorize sempre a otimização com base nos dados do CrUX, usando o Lighthouse como ferramenta de diagnóstico.
3. O Google realmente usa a Taxa de Rejeição e o Tempo na Página (do Google Analytics) como fatores de ranking?
Não diretamente. O Google afirma consistentemente que não utiliza métricas do Google Analytics como fatores diretos de ranking, pois esses dados podem ser ruidosos e manipuláveis. No entanto, o Google utiliza sinais comportamentais coletados a partir da interação do usuário com os resultados de busca (SERP) para avaliar a satisfação. Métricas como Dwell Time (tempo entre o clique na SERP e o retorno) e Pogosticking (retorno rápido à SERP para clicar em outro resultado) são indicadores fortes de satisfação ou insatisfação. Sistemas de Machine Learning como o RankBrain aprendem com esses padrões agregados para ajustar os rankings, independentemente dos seus dados do GA.
4. Quão importante é o Core Web Vitals para E-commerce?
Para e-commerce, o Core Web Vitals é absolutamente crítico, pois a performance impacta diretamente a receita. Estudos demonstram consistentemente que carregamentos mais rápidos (LCP) e interações fluidas (INP) levam a maiores taxas de conversão e menor abandono de carrinho. Em um ambiente competitivo, uma experiência lenta ou instável (CLS ruim) resulta em perda imediata de vendas. Na minha experiência com a Polishop, vimos que melhorias no CWV não apenas aumentaram as conversões, mas também melhoraram a visibilidade orgânica para palavras-chave de produto altamente competitivas. Em 2025, um e-commerce com CWV ruim está em clara desvantagem.
5. O Core Web Vitals impacta a Experiência de Busca Generativa (SGE)?
O impacto é indireto, mas importante. A SGE gera respostas diretamente na SERP, então a velocidade do seu site (LCP) não afeta a experiência imediata do usuário com a resposta da IA. A utilidade e clareza do conteúdo são mais importantes para ser citado. No entanto, a performance ainda importa porque um site rápido melhora a Eficiência de Rastreamento (Crawl Efficiency), garantindo que o Googlebot possa indexar seu conteúdo rapidamente para uso na SGE. Além disso, se o usuário clicar na fonte citada na SGE, o CWV do seu site se tornará crucial para garantir uma boa experiência pós-clique e reter esse visitante.
6. O que é “Pogosticking” e por que é tão ruim para o SEO?
Pogosticking é um padrão de comportamento onde o usuário clica em um resultado de busca, visita a página brevemente e imediatamente retorna à SERP para clicar em outro resultado. É um sinal extremamente forte de insatisfação. Indica que a página não atendeu à intenção de busca, seja por conteúdo irrelevante, baixa qualidade ou experiência terrível (ex: carregamento lento, pop-ups intrusivos). Para o SEO, é devastador porque os sistemas de Machine Learning do Google interpretam esse padrão como um sinal de que a página não é um bom resultado para aquela consulta. Se muitos usuários fazem pogosticking em seu resultado, o Google ajustará seu ranking para baixo.
7. Como posso melhorar meu INP (Interaction to Next Paint) se meu site usa muito JavaScript?
Melhorar o INP em sites pesados em JavaScript é desafiador, mas essencial. O objetivo é reduzir o trabalho na thread principal do navegador. As principais estratégias incluem: 1) Quebrar Tarefas Longas: Identifique blocos de JavaScript que levam mais de 50ms para executar e divida-os em tarefas menores usando técnicas como setTimeout. 2) Otimizar a Renderização: Reduza a complexidade das atualizações do DOM. Use memoização (ex: React.memo) para evitar re-renderizações desnecessárias. 3) Gerenciar Scripts de Terceiros: Adie o carregamento de scripts não essenciais (marketing, analytics) até que o navegador esteja ocioso. 4) Utilizar Web Workers: Mova processamento pesado para uma thread secundária, liberando a thread principal para responder às interações.
8. Sites AMP (Accelerated Mobile Pages) ainda são relevantes em 2025?
A relevância do AMP diminuiu drasticamente. Originalmente, o AMP era necessário para aparecer no carrossel de “Top Stories” do Google News. No entanto, com a introdução dos Core Web Vitals, o Google removeu essa exigência; qualquer página que atenda aos limiares de performance pode ser elegível. Embora o AMP geralmente garanta um bom CWV, ele limita a flexibilidade de design e funcionalidade. Em 2025, a recomendação é focar em otimizar seu site principal responsivo usando técnicas modernas de desenvolvimento web para atingir um bom CWV, em vez de depender do AMP.
9. Qual o impacto dos anúncios e pop-ups na experiência do usuário e no SEO?
Anúncios e pop-ups podem ter um impacto negativo significativo. Tecnicamente (CWV), anúncios pesados podem atrasar o LCP e, se carregados dinamicamente sem espaço reservado, causam CLS (mudanças de layout). Do ponto de vista da experiência (UX Signals), pop-ups intrusivos (intersticiais) que cobrem o conteúdo principal levam à frustração e ao abandono (pogosticking). O Google penaliza explicitamente sites com intersticiais intrusivos como parte do sinal de Page Experience. A recomendação é usar formatos não intrusivos, reservar espaço para anúncios para evitar CLS, e usar banners pequenos e dispensáveis em vez de pop-ups de tela cheia.
10. Como os Sinais de Experiência do Usuário (UX Signals) estão relacionados ao E-E-A-T?
E-E-A-T (Experiência, Expertise, Autoridade e Confiança) e UX Signals estão profundamente interligados. A Confiança (Trust) é o componente central do E-E-A-T e é, em si, um sinal de experiência do usuário. Um site que oferece uma boa experiência gera confiança. Isso inclui design profissional (aumenta a credibilidade), clareza do conteúdo (demonstra expertise), facilidade de uso (aumenta a satisfação) e transparência (constrói autoridade). Quando os usuários confiam em um site, eles se engajam mais (Dwell Time longo). O Google mede esses sinais de comportamento e os utiliza para avaliar algoritmicamente o E-E-A-T do site. Portanto, melhorar a UX é uma estratégia fundamental para fortalecer o E-E-A-T.